Testes & Correções #6

Pensar  o Instagram como parte do projeto nunca foi uma mídia adicional, como se fosse extensão da instalação. Desde o início, essa camada fazia parte do próprio artefato. A ideia de desfragmentação que atravessa a instalação física se estende para o ambiente virtual, onde os rostos, as falas e as memórias continuam se espalhando em pedaços, como ecos que circulam e reverberam. 

Nesta etapa, testei a publicação dos vídeos na plataforma para perceber questões técnicas e estéticas. Usei o primeiro vídeo como base.Cada vídeo tem, em média, dois minutos. Isso me permitiu publicá-los como Reels, o que era exatamente o que eu queria: um formato que mantém alcance, engajamento e que ainda pode ser compartilhado de forma orgânica. Nos testes, percebi que posso publicar os conteúdos como “collab” ou seja, em coautoria com outras contas, o que pode aumentar a visibilidade e conecta diretamente o público das pessoas que buscarei retratar e de outras redes envolvidas com o projeto.

A ideia é começar essa publicação antes da instalação física ser montada, como uma forma de antecipar o discurso, engajar o público e,  quem sabe, convidar as pessoas a irem prestigiar a obra ao vivo. Pode ser uma um convite narrativo para a experiência presencial.

Do ponto de vista técnico, não encontrei nenhuma dificuldade nos testes. O Instagram suportou bem o material, e os vídeos mantiveram a integridade da edição, dos efeitos e da trilha sonora. A única observação que ficou evidente é a importância dos primeiros 15 segundos — especialmente se o vídeo for compartilhado nos stories. Essa janela inicial é decisiva para capturar a atenção. Estou ajustando as aberturas para que tragam impacto imediato, seja por uma frase de efeito, uma imagem forte ou um trecho de fala marcante.

No fundo, trabalhar com o Instagram é dar continuidade à lógica da desfragmentação: o artefato se espalha, escapa, ganha outras formas. E mesmo nesse ambiente controlado por algoritmos e métricas, ainda há espaço para ruídos,  que provocam, que deslocam, que contam histórias urgentes. 

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