Prototipagem #3




Pensando a prototipagem, agora no âmbito da própria plataforma, estou considerando que a construção do feed no Instagram será, por consequência, uma extensão natural da instalação física e digital, permitindo que o público continue a experiência de forma imersiva e interativa. O objetivo consiste em criar uma narrativa visual que incentive o público a compartilhar os vídeos nas redes, amplificando o impacto do projeto fora do espaço físico da instalação. Pensando nisso, penso explorar como cada elemento do feed pode ser estrategicamente planejado para engajar e incentivar os seguidores a se envolverem ativamente.

Nesta etapa, estou pensando exatamente a questão do artivismo digital e como utilizar a linguagem e a própria arquitetura informacional do Instagram para estabelecer essa relação.  


O feed precisa ter uma identidade visual consistente, refletindo os conceitos centrais da instalação: a fragmentação, a desordem e a distorção. Aqui estão alguns elementos-chave para garantir que o design seja atraente e interligado. Cada postagem no feed terá a estética pixelada, com efeitos de distorção visual semelhantes aos vistos nos painéis suspensos da instalação. A ideia é usar filtros personalizadostexturas granuladas e blurs que criem uma continuidade entre o que é visto fisicamente na instalação e o que está sendo apresentado no feed.

 Para reforçar a ideia de fragmentação, o feed pode ter postagens segmentadas. Isso pode ser feito utilizando o formato de carrossel, onde a imagem principal é fragmentada em várias partes. O espectador, ao deslizar pela galeria de fotos, verá a imagem "se recompondo" — uma metáfora visual que representa a reconstrução ou a desfragmentação de uma identidade.

A partir da reunião que tive com o professor Pedro Pestana, o mesmo sugeriu pensar em como "jogar" com os próprios recursos da plataforma para demarcar a ideia de esquecimento. Seria uma camada extra de profundidade. Por exemplo, as postagens podem desaparecer após um período, mas de forma gradual e aleatória. Esse desaparecimento pode ser feito através do próprio arquivo de Stories, ou até mesmo configurando para que as postagens no feed se tornem invisíveis após um certo número de visualizações, uma vez que o público já tenha interagido com elas. Isso poderia ser feito de forma intencional, como uma crítica ao esquecimento digital — onde conteúdos são postados, visualizados e rapidamente esquecidos.

Abaixo apresento um esboço do que imagino para a construção do perfil no Instagram. O perfil já está criado. É o @oblivium.pt. 


Outra ideia seria criar uma narrativa de postagens que desaparecem ou desaparecem parcialmente, criando uma sensação de perda para o público. Por exemplo, você pode criar postagens no feed com efeitos de desintegração ou apagamento gradativo, como se as imagens estivessem se desfazendo diante dos olhos do espectador, simbolizando o esquecimento da identidade que se fragmenta. Preciso desenvolver um pouco melhor essas ideias.

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