Com o conceito da instalação bem definido, há ainda alguns percursos a serem realizados até a materialização do artefato, principalmente no que diz respeito aos materiais e técnicas que pretendo utilizar. Espacialmente, penso em utilizar um pedaço aproximado de 5m quadrados para compor a instalação. Penso que o espaço é ideal para a interação fÃsica e digital que busco criar. A área não é excessivamente grande, o que permite que o público se envolva de maneira mais Ãntima com as peças.
Existem alguma camadas que envolvem a prototipagem do artefato, tanto os componentes fÃsicos como os componentes digitais. A parte fÃsica da instalação é a base que irá materializar a ideia abstrata de desfragmentação. Para isso, estou criando um ambiente imersivo, onde cada detalhe irá contribuir para a sensação de distorção e desconexão.
A primeira escolha foi o painel retangular, que será o suporte central para os rostos dos personagens. Estou considerando qual material utilizar, dentre os diferentes tipos de materiais para esses painéis: desde o MDF, que oferece uma base rÃgida e durável, até o acrÃlico, que traz uma suavidade e transparência interessantes para trabalhar com luz e projeções. Quero criar uma ilusão de desfragmentação no espaço, onde os painéis, ao ficarem suspensos, ganham uma sensação de leveza, e aumentam a ideia de que as identidades e os rostos que representam estão flutuando, se distorcendo ou se desfazendo.
Quanto ao processo de distorção dos rostos que irão compor os painéis, pretendo utilizar técnicas de impressão digital combinadas com intervenções manuais. A ideia é criar uma textura digital que se sobreponha à imagem do rosto, com efeitos de pixels e blur. Alguns dos protótipos já possuem um efeito que parece que o rosto está literalmente se desfazendo ou se diluindo – o que, para mim, cria uma relação simbólica com a perda de identidade e a confusão visual.
Quando as pessoas se deslocam ao redor da instalação, a ideia é que os efeitos de pixels, blur e quadriculação nos rostos serão intensificados pela mudança de perspectiva. Esse jogo de distorção será mais evidente à medida que os espectadores circulam pelo espaço, criando a ilusão de que os rostos nunca são vistos em sua totalidade ou clareza.
Outro aspecto importante da prototipagem será a integração com a parte digital. Cada painel irá conter um QR Code que leva até a parte digital do artefato no Instagram. O uso do QR code que permitirá que o público se conecte com o projeto com as narrativas no Instagram do projeto. Para garantir que a experiência seja fluida e o efeito de desfragmentação se estenda até o mundo virtual, estou desenvolvendo os vÃdeos centrais do artefato, coletando as narrativas dos imigrantes, para explorar o uso de distorções, colagens e montagens. Cada vÃdeo será uma extensão da desordem visual presente no painel.
A ideia é, ao final do processo, provocar uma experiencia uma experiência sensorial, reflexiva e crÃtica, onde o público não será apenas espectador, mas nas redes sociais poderá participar de maneira ativa ba construção e desconstrução das identidades representadas. Nesta etapa de pensar a prototipagem, tenho compreendido melhor como o artefato irá funcionar e, assim, ajustar os detalhes para que a experiência final seja imersiva e impactante.
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